Creio que aqui o ponto deveria ser o como tratar a questão. Para alguns, ela estava clara (eu incluso). Para outros, ela tinha falhas lógicas que a tornavam irreparáveis. Mas quais falhas lógicas? Não seria melhor manejar essa tal falha de outra maneira?
Bem, a falha lógica foi adicionar horas/datas, não foi? Realmente, 10h da manhã + 22h34 da noite durante a novela não tem um resultado com sentido... mas trabalhar por 4h e almoçar por 2h faz você ficar ocupado por 6h. E considerando essas 6h, se o dia começa às 8h da manhã, 8h da manhã + 6h daria as 14h da tarde.
Creio que é análogo a parte de somar pontos e vetores na geometria analítica. Eu exploro um pouco esse conceito de entidades nessa resposta (só toquei de leve, mas me era relevante no contexto do problema). Intervalos de tempo seriam vetores, e pontos no tempo seriam pontos no plano. Assim como somar 10h da manhã com 22h34 da novela não faz sentido, não faz sentido somar a Praça Portugal com o Cineteatro São Luiz.
Então, qual a questão a ser respondida?
Para mim, parece que essa reação não ajuda muito os novatos (o @MeAjudaSilvio tá com 186 de reputação da hora que escrevo, então ele não deve ter tido grandes participações aqui no site; na real, ele só está aqui a 2 meses e uma semana ativamente perguntando/respondendo). Eu também me considero um novato, com apenas 4 meses de ativa participação, mas eu tenho problemas com pontuação e comunidade, quero me encaixar da maneira mais rápida e suave e ter o máximo de pontos possível, daí eu ter um tanto mais de participação no site.
Uma reação que eu creio ser mais razoável seria, na resposta, sugerir que o conceito real/necessário era o de intervalo de tempo/TimeSpan e trabalhar em cima disso. Pode parecer achismo sobre a pergunta, mas a intencionalidade de um texto é colocada muitas vezes de maneira não consciente e sua detecção é dependente do sujeito leitor. Então, achismos na resposta devem ser usados, para que a comunicação flua, mas deve vir junto de uma premissa interpretativa.
Algo vindo do achismo interpretativo foi essa outra resposta. Tl;dr: AP queria uma pilha de lista ligada e operações no final dela. Minha premissa achista: AP queria tratar uma pilha como um tipo abstrato de dado, independente de como essa dado estivesse guardado internamente. Mostrei a ele duas alternativas: uma removendo do final (como ele havia pedido), mas usando vetor; e outra removendo do começo, mas usando lista (como estava o código dele).
Outro ponto de imprecisão na hora de se fazer uma questão eu vi nesta da Nadine M.. A pergunta é pequena, ela fala da problemática mas... melhor usar as palavras dela (ênfase minha):
Porém o programa dá ao executar a ordenação ou não a executa direito
Gente, o quê ele dá? Bug? Resultado errado? Falha de segmentação? Café? Sinceramente, não temos como saber. Na revisão 3 ela explicitamente tira a palavra erro (que existia desde os primórdios da pergunta) e coloca ao executar a ordenação ou não a executa direito, mas isso foi proposital?, ou ela removeu demais?, ou ela esqueceu o complemento verbal diferente de erro que ela iria colocar ali?
Sinceramente, isso não fazia muita diferença, visto que o problema raiz dela poderia ser sanado sem precisar tomar conhecimento do problema do fim do ramo. Então por achismo cri que resolver a ordenação em uma lista ligada fosse atendê-la, por achismo ignorei o código que ela postou e foquei no problema original, não em catar erro, não em tentar fazer lógica de um algoritmo que poderia fazer tanto sentido como somar uma baleia azul à hora 10h47 da manhã.
Outro exemplo de achismos que serviram para construir a resposta: a pequena disputa entre a resposta do Leo Caracciolo e a minha resposta. (No final, fiquei com um downvote, mas valeu a pena, ainda mais na minha primeira semana de participação aqui). Sobre informações incompletas e achismos bem posicionados e concorrência entre as respostas e troca de comentários, com a participação especial do AP, evoluímos até respostas satisfatórias (a minha tem downvote, mas tenho orgulho dela).
Às vezes, pelo desconhecimento técnico do assunto, pode acontecer de nem o AP saber qual a sua dúvida exata, mas sabe qual sua dificuldade aproximada.
Conclusão
Devemos fechar questões por pedantismo formal?, para que ela seja reaberta quando o AP conseguir uma escrita de maneira menos ambígua?
Ou devemos assumir que a comunicação humana é falha e, sobre os traços de intencionalidade da pergunta, propor respostas parciais sobre premissas mais ou menos claras e interagir até que o AP consiga obter a resposta?