Vejam esta postagem aqui (imagem, obrigado bfavaretto ♦).
Para resumir, o usuário pede algo mais ou menos assim:
Preciso fazer uma aplicação de cadastro de usuários. Como fazer? Estou usando PHP e sei que vai precisar de um banco de dados.
Eu não tenho palavras para explicar esse tipo de pergunta. Não sei se é um problema ou se é uma dúvida, mas é "algo" muito genérico e com um leque possível de respostas de dar inveja em qualquer pergunta com -10.
O ponto é: é uma pergunta (?) "fácil" com respostas "fáceis" e que quase qualquer coisa vai ser proveitosa para o nosso perguntador. De qualquer forma, é sabido também que a maioria das respostas possíveis é uma reinvenção da roda porque alguém já o fizera antes.
A minha dificuldade é: como lidar com um caso desses? Já aconteceu no Stack Overflow inglês, por exemplo, de os usuários responderem com um mínimo de recurso, nem que seja apenas conceitual. Por exemplo:
Você vai precisar de uma linguagem server-side (PHP, C#, Ruby [com Rails]), um pouco de HTML e CSS e um banco de dados para armazenar a informação dos seus usuários.
Compilado esses recursos e com todos operandis, primeiro fazemos um
form
em HTML para cadastrar um usuário. Quando oform
for preenchido e o usuário clicar noinput[type=submit]
, então os dados serão enviados através do métodoPOST
para o servidor e lá iremos recuperar isso para então, através de umINSERT
, alocarmos as informações no banco de dados.
Para simplificar mais ainda: é bem possível, de forma sucinta, responder à uma pergunta dessas sem uma base opinativa. O exemplo acima é um caso desses – eu consegui explicar conceitualmente qual o fluxo de desenvolvimento que "deve" ser seguido para que o usuário saia de uma origem e chegue a um destino. A resposta não é algo como "Node.JS vs. PHP" onde existe uma demanda muito grande de filosofias, considerações e etc. e que uma só resposta dificilmente é suficiente para virar a solução mágica da paz.
Como eu disse lá no começo:
"[...] e que quase qualquer coisa vai ser proveitosa para o nosso perguntador [...]"
Para deixar isso mais claro: a pergunta não é específica; é ampla e genérica. O ponto é que se a resposta for consistente, clara, com boas práticas e funcionar, o questionador estará muito bem servido. Além disso, os demais candidatos à responder não vão se ver constrangidos caso a resposta – que abrange muito espaço para possibilidades – fugir um pouco do ritmo em que estiveram ou estão acostumados a seguir.
Como podem ver, a pergunta foi colocada em suspenso. Mas vejam o seguinte trecho que o "preguntador" postou:
"[...] mas minha dúvida é como vou chamar via código a noticia em uma div e ficar atualizando quando registrar noticias novas?"
Agora, visualizem a seguinte possível resposta:
"Falando de maneira simples, você pode fazer um mecanismo em JavaScript, com setTimeout, que, de tempos em tempos, ele acessa o banco de dados para checar se há alguma notícia nova. Um código de exemplo é esse:
// código aqui
Para chamar as notícias na sua
div
, você vai precisar de uma linguagem server-side, como o PHP que vai acessar o banco de dados, localizar as notícias, mapeá-las em um vetor e então emitir para o HTML o que deve ser exibido. Exemplo:
<?php /* código aqui */ ?>
Lembrando que usar o setTimeout do JavaScript não é a melhor prática que há porque ele consome muitas requisições e consequentemente vai deixar o aplicativo lento para os seus clientes. Se você quiser optar pelo caminho complexo e correto, estude, então, websockets.
Perceberam como a resposta é "objetiva" e pode sanar a dúvida do nosso questionador? Tecnicamente, existem vários caminhos para se chegar onde ele quer chegar – eu posso usar mysqli()
ao invés de mysql()
, por exemplo –, mas o fluxo é o mesmo e independente disso, ele vai chegar lá.
Pergunto, por fim: para esses casos de extremos-iniciantes, não existe possibilidade de exceção? Não existem alguns critérios que temos que rever? Porque às vezes não podemos culpá-los por não entender como funciona esse fluxo – eu tinha dificuldades similares no meu começo e não sabia onde ou a quem recorrer.