O problema daquela pergunta, no fundo, é entender sobre o escopo de variáveis. O NameError
é apenas uma consequência de não entender isso (pois ele tenta acessar uma variável fora do escopo no qual ela está definida).
A solução, a meu ver, não é simplesmente tentar corrigir o NameError
a qualquer custo. Isso é tratar o sintoma, e não a causa. Para tratar a causa, deve-se explicar o que é o escopo de uma variável, para que serve uma função, etc, e aí nem precisaria de global
e outros artifícios. Eu sempre acho melhor tratar a raiz do problema, em vez de só arrumar o erro de compilação e achar que está tudo certo.
Além disso, dá para perceber que a pessoa que perguntou é iniciante (nada errado com isso, todos já fomos um dia), então simplesmente ensinar a usar global
sem alertar para os problemas é - na minha opinião - irresponsável. Já que é para ensinar, vamos fazer direito (não precisa fazer uma dissertação sobre "os malefícios de variáveis globais", mas pelo menos uma frase indicando isso seria bom ter - na minha resposta coloquei alguns links sobre o assunto, por exemplo).
Falando de forma mais geral, a ideia do site - pelo menos a ideia original, que infelizmente não parece ser compartilhada por muitos atualmente - é formar um repositório de conhecimento, com as respostas mais corretas possíveis (isso é o oposto do helpdesk, do "faz qualquer coisa que funcione", é o contrário da filosofia "compilou, tá valendo" - funcionar é diferente de estar certo).
Vou repetir o que já disse aqui e aqui: se a pessoa chega dizendo "estou usando um taco de beisebol para pescar mas não está funcionando", o que você faz? Muitos preferem sugerir gambiarras como "acerte o peixe na cabeça", ou "amarre uma linha no taco". Pode até "funcionar", mas não é o ideal. Eu prefiro dizer "não use o taco, use uma vara de pescar", além de explicar porque o taco não é a melhor ferramenta para a tarefa. Não tenho problemas em reescrever o código se achar que é melhor (tentar fazer com que o taco de beisebol se torne uma vara de pescar daria tanto trabalho que é melhor jogá-lo fora e recomeçar tudo do zero).
Infelizmente o mais comum hoje em dia tem sido a de insistir em "soluções" com o taco de beisebol, alegando que "só quis me basear no código da pergunta". Daí surgem respostas com gambiarras, com SQL injection, ou que resolvem um problema mas acabam criando outros. No fundo isso acaba desensinando, fazendo com que a qualidade do site - que já não anda boa - piore cada vez mais.
O que me fez gostar do Stack Overflow - e um dos principais fatores do site ter se tornado o que é hoje - foram as respostas que vão além da pergunta. São as que enxergam além do simples erro e geram conhecimento, por caminhos que nem o autor da pergunta imaginava. Muitas vezes quem pergunta nem faz ideia disso, por isso que às vezes se limitar apenas ao que foi perguntado acaba gerando uma resposta ruim, ou pelo menos uma não tão ideal assim (tendo em vista o objetivo de formar o repositório de conhecimento).
Claro que tem casos e casos, tem muitas perguntas que não dão margem para ir além e aí tudo bem se limitar ao problema específico. Mas tem casos em que só corrigir um problema específico não é o suficiente, principalmente se você deixa outros mais graves em aberto (e claro que, se for fugir muito do escopo da pergunta, não precisa corrigir todos, mas pelo menos deixe uma observação alertando sobre isso, para que a pessoa não ache que está tudo bem).
Aqui na internet temos uma ferramenta incrível para compartilhar conhecimento, e temos que tentar usá-la da melhor forma possível. <papo-de-velho> Na minha época de faculdade as informações eram mais difíceis de serem obtidas, tínhamos que caçá-las em trocentos fóruns e blogs, e mesmo assim era complicado filtrar o que era confiável ou não. </papo-de-velho> Hoje temos a chance de ensinar direito desde o início, em vez de só formar uma geração de copiadores de código. Tínhamos que aproveitar melhor isso...